A chegada de um bebê muda tudo: o corpo, a rotina, as emoções e a forma como a mulher se enxerga. Nesse novo cenário, um dos desafios mais comuns — e pouco discutido — é lidar com a autoestima no pós-parto, especialmente quando o corpo não volta ao que era antes.
Entre as principais causas desse desconforto está a diástase abdominal pós-parto, condição que afeta muitas mães tanto fisicamente quanto emocionalmente.
O que é diástase abdominal e por que ela acontece?
Durante a gestação, os músculos retos do abdômen se afastam para acomodar o crescimento do bebê. Esse afastamento é chamado de diástase abdominal.
Em alguns casos, essa separação muscular permanece mesmo após o parto, resultando em:
- Barriga estufada ou flácida, mesmo após perder o peso da gestação;
- Dores nas costas e dificuldade para manter a postura correta;
- Incontinência urinária;
- E um forte impacto na autoestima, já que muitas mulheres não se reconhecem ao se olharem no espelho.
Como a diástase afeta a autoestima no pós-parto?
Além dos sintomas físicos, a diástase interfere diretamente na imagem corporal e no bem-estar emocional. Muitas mulheres relatam frustração ao não conseguirem voltar ao formato do corpo anterior, mesmo com dieta e perda de peso.
Como destacou a especialista em gestantes Vanessa Rebouças no podcast @nopodioesportes:
“A diástase pode causar problemas de saúde, como dor lombar e incontinência urinária, além de afetar a autoestima das mamães. Mas, com o treinamento adequado, é possível fortalecer os músculos do core e prevenir esses problemas.”
Essa fala reforça uma verdade importante: saúde e estética andam juntas no pós-parto. Olhar para o espelho e se reconhecer também faz parte do cuidado com o corpo e com a mente.
Autoestima pós-parto: não é vaidade, é saúde emocional
O pós-parto é um período repleto de mudanças hormonais, noites mal dormidas e dedicação intensa ao bebê. Em meio a tantas demandas, muitas mulheres se sentem esquecidas, sobrecarregadas ou invisíveis.
Recuperar a autoestima não significa “voltar a ser como antes”, mas sim aprender a acolher o corpo e as emoções dessa nova versão de si mesma.
O que fazer para tratar a diástase e cuidar da autoestima?
1. Busque apoio profissional
Procure um fisioterapeuta especializado em saúde da mulher, médicos ou educadores físicos com experiência em gestantes e puérperas. Eles poderão avaliar o grau da diástase e indicar o melhor caminho de recuperação.
2. Invista em exercícios específicos para o core
Movimentos leves e bem orientados ajudam a reaproximar a musculatura abdominal e a fortalecer o core, reduzindo os sintomas e melhorando o contorno corporal. Em muitos casos, o exercício pode começar ainda durante a gravidez.
3. Tenha acompanhamento da obstetra
Antes de iniciar qualquer rotina de exercícios, é essencial contar com a liberação e acompanhamento da sua obstetra. Ela poderá avaliar seu quadro clínico, considerar fatores como cicatrização, tipo de parto e indicar o momento mais seguro para retomar as atividades físicas.
4. Cuide também da saúde emocional
Conversar com outras mães, fazer terapia, acolher suas emoções e respeitar seus limites são passos importantes para reconstruir a autoestima no pós-parto. Sentir-se bem não é luxo — é parte do seu bem-estar.
Mitos e verdades sobre treinamento durante a gravidez
No episódio mais recente do podcast @nopodioesportes, Vanessa Rebouças esclarece dúvidas comuns sobre o que pode ou não ser feito durante a gestação, inclusive no que diz respeito à prevenção da diástase.
➡️ Assista à entrevista completa no canal do YouTube
Conclusão: autoestima também é cuidado
Na Ladima, acreditamos que toda mãe merece se sentir acolhida, respeitada e confiante. Seu corpo conta uma história de amor e transformação — e merece ser cuidado com carinho.
Não ignore os sinais do seu corpo. Com orientação, suporte especializado e o acompanhamento da sua obstetra, é possível tratar a diástase abdominal, recuperar o bem-estar e se reconectar com a mulher incrível que você é.
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