No mês de junho, comemoramos uma data significativa para a saúde pública: o Dia Nacional da Conscientização da Fissura Labiopalatina, celebrado em 24 de junho. Esta data é crucial para aumentar a conscientização sobre essa condição, que afeta uma considerável parcela da população e exige um tratamento especializado e multidisciplinar.

O que são Fissuras Labiopalatinas?

As fissuras labiopalatinas são malformações que podem afetar 1 em cada 650 nascidos vivos, uma estatística alarmante. Essas malformações na face podem ser causadas por diversos fatores, desde os temidos agrotóxicos até influências genéticas, incluindo o uso de cigarro, drogas e álcool.

Formas de Apresentação

As fissuras labiopalatinas podem se manifestar de diversas maneiras:

  • Completa: Acometendo o lábio, a gengiva e os palatos mole e duro.
  • Lábio: Acometendo apenas o lábio.
  • Palato: Acometendo apenas o palato (céu da boca).

Apesar das diferentes formas de apresentação, o impacto visual e social é sempre significativo, muitas vezes resultando em preconceito, mesmo com o avanço dos estudos e do conhecimento na área.

Impactos Sociais e Psicológicos

A fissura labiopalatina pode ter um impacto visual e social substancial, levando a preconceitos e estigmatização. É essencial trabalhar para aumentar a conscientização e reduzir o preconceito, promovendo a inclusão e o apoio a essas crianças e suas famílias.

Tratamento Multidisciplinar

O tratamento da fissura labiopalatina é cirúrgico e requer uma abordagem multidisciplinar. Os pacientes são acompanhados por uma equipe de profissionais que inclui:

  • Fonoaudióloga: Trabalha na reabilitação da fala.
  • Fisioterapeuta: Auxilia na funcionalidade muscular.
  • Dentista: Cuida da saúde bucal e alinhamento dos dentes.
  • Psicóloga: Oferece suporte emocional.
  • Nutricionista: Garante uma alimentação adequada.
  • Pediatra: Monitora o desenvolvimento da criança.
  • Assistente Social: Fornece suporte social e orientação.

A maratona de consultas e tratamentos é fundamental para garantir que os sons da fala sejam produzidos corretamente, os dentes fiquem alinhados, e que a criança cresça saudável e ganhe peso adequadamente. O resultado do atendimento multidisciplinar é fantástico, tanto para os profissionais quanto para as famílias envolvidas.

Conclusão

Vamos trabalhar para aumentar a conscientização sobre a fissura labiopalatina e promover seu tratamento. É essencial que todos saibam que, apesar dos desafios, há tratamentos eficazes que podem proporcionar uma vida saudável e feliz para as crianças afetadas por essa condição.

Um grande beijo para todos!

Sobre a autora

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Fabiane Zimmermann, CRFa 3-7596-2
Fabiane Zimmermann é Embaixadora da Fonoaudiologia no Brasil e uma respeitada especialista em distúrbios da comunicação humana. Com 28 anos de experiência dedicados ao cuidado de recém-nascidos e à docência, Fabiane tem se destacado na área, contribuindo significativamente para a melhoria da qualidade de vida de seus pacientes. Autora de diversas publicações, ela é conhecida por seu compromisso e dedicação à fonoaudiologia, ajudando a promover a conscientização e o tratamento de condições como a fissura labiopalatina.

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Instagram (@fabizimmermann)

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