Estudos mostram que o autismo tem tido maior prevalência no Brasil: cerca de 1 a cada 36 nascimentos. Com isso, tanto a conscientização sobre o tema quanto a preocupação dos pais também têm crescido!
Hoje, a demanda maior em meu consultório é para avaliação sobre os sinais de TEA – Transtorno do Espectro Autista, mais conhecido como Autismo. Trata-se de uma alteração comportamental e, portanto, não há um marcador corporal como um coágulo ou nódulo, isto é, não aparece em exames de imagens. É através de alguns exames genéticos que nós conseguimos avaliar alguns pacientes com TEA, mas ainda estamos engatinhando nesse tema.
Para avaliar uma criança com suspeita de TEA, existem diversas escalas de comportamentos e testes que nos ajudam a identificar sinais.
Em casa, também é possível que os pais fiquem atentos a alguns sinais importantes:
- Não responder quando chamado pelo nome
(Os pais chamam e a criança parece não ouvir);
- Enfileirar brinquedos
(O modo de brincar da criança é criando fileiras, com carrinhos, peças, etc.);
- Brincar de forma inesperada com o brinquedo
(Ou seja, uma brincadeira não funcional. Por exemplo: ao invés de brincar com o carrinho em uma pista, fazendo o som do carrinho, ela brinca com os carinhos somente de uma forma a colocar um em cima do outro);
- Gostar muito de objetos que giram
(Ao invés de brincar com o carrinho, ficar girando as rodas);
- Movimentos repetitivos de partes do corpo
(Como balançar as mãos, girar em torno de si mesmo, entre outros…);
Alguns comportamentos podem mudar de acordo com o tempo, deixar de existir ou até serem trocados por outros. Em crianças maiores, que não tiveram diagnóstico na fase infantil, pode-se perceber certas alterações comportamentais, como dificuldade de entender ironia, dificuldade de se relacionar com o grupo, entre outras.
Lembrando que comportamentos isolados não caracterizam transtorno, pois precisamos de alguns sintomas e uma alteração significativa na vida do indivíduo para poder caracterizar como transtorno.
Caso você desconfie de alguma alteração no seu filho, procure ajuda!
Um médico psiquiatra infantil ou neuropediatra, bem como uma avaliação neuropsicológica para aplicação de testes e escalas podem te ajudar!
Fontes:
Aline Dalacqua – Psicóloga e Neuropsicóloga
Instagram: Psicologaalinedalacqua