Seu filho faz birra quando você desliga o celular ou tira o tablet da mão dele? Essa é uma situação comum em muitas famílias, principalmente a partir dos 2 anos. Mas até que ponto isso é normal? E o que pode ser feito para lidar com o uso de telas de forma equilibrada e saudável?

Neste artigo, você vai entender os sinais de alerta da dependência digital infantil e conhecer estratégias simples que ajudam a reduzir o tempo de tela com afeto e presença.

Por que as crianças pequenas se apegam tanto às telas?

Tablets, celulares e TVs oferecem estímulos rápidos e constantes. Sons, cores, personagens e movimentos prendem a atenção — e o cérebro da criança responde com prazer imediato. Por isso, é comum que os pequenos fiquem “vidrados” e queiram sempre mais.

Mas quando o tempo diante das telas começa a substituir o sono, as brincadeiras e o contato com outras pessoas, é hora de ligar o alerta.

É normal a criança ficar irritada quando a tela é desligada?

Até certo ponto, sim. Afinal, encerrar uma atividade prazerosa é frustrante. No entanto, se seu filho chora, grita, se joga no chão ou fica agressivo ao fim do tempo de tela, é importante observar mais de perto.

Esses comportamentos podem indicar que a tecnologia está ocupando um espaço emocional que deveria ser preenchido com afeto, brincadeiras e experiências reais.

Quais são os sinais de que o uso de telas está excessivo?

1 – Crises de birra ao desligar o aparelho
Quando a criança reage com muita intensidade ao fim do tempo de tela, pode estar dependendo daquele estímulo para se regular emocionalmente.

2 – Sono agitado ou dificuldade para dormir
A luz das telas atrapalha a produção da melatonina, o hormônio que regula o sono. Isso interfere diretamente na qualidade do descanso.

3 – Pouca comunicação ou atraso na fala
Crianças que passam muito tempo assistindo vídeos têm menos estímulos verbais reais. Isso pode impactar o desenvolvimento da linguagem, especialmente nos primeiros anos de vida.

Como equilibrar o uso de telas com afeto e rotina?

Se você percebeu que está difícil controlar o tempo de tela em casa, saiba que é possível virar esse jogo com pequenas mudanças no dia a dia. Veja por onde começar:

🟡 Estabeleça limites claros
Combine o tempo permitido para usar telas e siga a rotina. Para crianças maiores, especialistas recomendam até 30 minutos seguidos, seguidos de pausas com atividades manuais ou ao ar livre.

🟡 Ofereça alternativas reais e divertidas
Brinquedos educativos, livros infantis e até um passeio no quintal já fazem diferença. O importante é oferecer experiências que envolvam o corpo e a imaginação.

🟡 Dê o exemplo
As crianças observam tudo. Se você também conseguir deixar o celular de lado durante as refeições e nos momentos juntos, a mudança será ainda mais natural.

E se meu filho disser que “não tem o que fazer”?

É muito comum essa queixa aparecer no começo da transição. Mas, aos poucos, a criança começa a usar a criatividade e preencher o tempo de forma mais saudável. O tédio, com o tempo, vira estímulo para inventar, explorar, criar.

Na Ladima, acreditamos no poder do brincar com presença. Por isso, oferecemos uma seleção de brinquedos e livros educativos que estimulam a curiosidade, a linguagem, o raciocínio e o vínculo entre pais e filhos.

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Conclusão: Menos tela, mais conexão

Cada criança tem seu tempo e seu jeito de se desenvolver. O importante é observar com carinho, sem culpa, e fazer pequenos ajustes na rotina com amor e intenção.

Se algo te preocupa, não hesite em buscar orientação com um especialista. Cuidar do bem-estar digital também é cuidar do desenvolvimento emocional e social do seu filho.

Este artigo foi baseado no vídeo: https://www.instagram.com/reel/DJ_pbjku0vt/

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Aline Dalacqua é psicóloga e neuropsicóloga especializada no desenvolvimento infantil. Com ampla experiência na avaliação e intervenção de bebês e crianças, ela auxilia no diagnóstico preciso e no acompanhamento adequado. Autora do livro infantil Só mais um, Aline incentiva o desenvolvimento saudável e a empatia desde a infância.

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