Abril é o Mês da Conscientização do Autismo, um período essencial dedicado a informar, sensibilizar e promover o acolhimento às crianças e famílias que convivem com o Transtorno do Espectro Autista (TEA).

Você provavelmente já viu campanhas e eventos sobre o tema. Mas se, ao ouvir mais sobre o assunto, surgiu a dúvida: “Será que meu filho tem sinais de autismo? Como posso descobrir?”, este guia foi feito para você.

A seguir, explicamos quem procurar para uma avaliação segura, quais são os sinais precoces e por que agir cedo faz toda a diferença.

Primeiros passos: quem procurar?

Ao observar comportamentos diferentes no desenvolvimento dos pequenos, é fundamental buscar avaliação profissional. Dois caminhos podem ser seguidos:

1. Consulta com neuropediatra ou psiquiatra infantil

Esse é um dos primeiros passos ideais quando há dúvidas sobre o desenvolvimento da criança. Esses especialistas avaliam o funcionamento neurológico, comportamental e emocional, ajudando a identificar sinais do Transtorno do Espectro Autista com precisão.

Durante a consulta, o profissional pode:

  • Investigar o histórico clínico e social;
  • Realizar triagens específicas;
  • Solicitar uma avaliação neuropsicológica;
  • Indicar possíveis terapias e encaminhamentos.

2. Avaliação neuropsicológica direta

Também é possível iniciar o processo com uma neuropsicóloga infantil, mesmo sem encaminhamento médico. Esse tipo de avaliação observa como a criança pensa, se comunica, interage e aprende, considerando diferentes áreas do desenvolvimento, como:

  • Linguagem e comunicação;
  • Interação social e comportamento;
  • Raciocínio, memória e atenção;
  • Perfil sensorial e adaptabilidade.

Ambos os caminhos são válidos e podem ser complementares. O mais importante é não adiar a investigação quando surgem dúvidas.

Como identificar sinais precoces de autismo?

O TEA pode se manifestar de diferentes formas em cada criança. No entanto, alguns comportamentos são considerados indicativos e devem ser observados com atenção:

  • Pouco ou nenhum contato visual;
  • Dificuldade em interações sociais;
  • Atraso na fala ou comunicação não verbal;
  • Repetição de movimentos (como balançar as mãos ou alinhar objetos);
  • Reações intensas a estímulos sensoriais (sons, texturas, luzes).

Importante: esses sinais isoladamente não confirmam um diagnóstico. A avaliação deve sempre ser feita por um profissional qualificado.

Qual a importância da avaliação neuropsicológica?

O autismo é um diagnóstico funcional e comportamental — não identificado por exames laboratoriais ou de imagem.

A avaliação neuropsicológica analisa o desenvolvimento da criança de forma ampla, fornecendo dados clínicos objetivos que contribuem para um diagnóstico preciso e um plano terapêutico eficaz.

Por que agir cedo faz toda a diferença?

Quanto mais cedo o diagnóstico é realizado, mais rapidamente é possível iniciar intervenções adequadas, como:

  • Terapias comportamentais;
  • Fonoaudiologia;
  • Terapia ocupacional;
  • Psicoterapia infantil.

Essas intervenções ajudam a criança a:

  • Desenvolver suas habilidades;
  • Melhorar a comunicação;
  • Fortalecer vínculos;
  • Alcançar seu potencial máximo com respeito às suas individualidades.

Lembre-se: cada criança é única. O diagnóstico de autismo não limita o potencial do seu filho — ele apenas abre caminhos para que ele cresça com os estímulos e o apoio certos, cercado de segurança, confiança e amor.

Conclusão

O mês de abril reforça a importância de informação, acolhimento e ação. Se você tem dúvidas sobre o desenvolvimento do seu filho, não hesite em buscar apoio especializado.

A avaliação precoce é um gesto de amor que pode transformar toda a trajetória do seu filho.

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Este artigo foi baseado no vídeo:https://www.instagram.com/reel/DIoZ1O9u7i6/?igsh=bTYxYTRpcXd6cmls

Conheça Aline Dalacqua: Psicóloga e Neuropsicóloga Infantil

Aline Dalacqua é psicóloga e neuropsicóloga especializada no desenvolvimento infantil. Com ampla experiência na avaliação e intervenção de bebês e crianças, ela auxilia no diagnóstico preciso e no acompanhamento adequado. Autora do livro infantil Só mais um, Aline incentiva o desenvolvimento saudável e a empatia desde a infância.

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